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Sobrevivi. Um balanço de 2017

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E mais um ano se foi. Acho que foi um ano para eu dizer que sobrevivi. Este ano escrevi muito menos sobre mim aqui no blog. Acho que por necessidade mesmo de me manter num "anonimato" justo por tantas coisas que aconteceram este ano.
Este ano meu estado emocional foi uma verdadeira montanha russa. A começar pela minha faculdade. Tirei de letra (trocadilho bobo, já que meu curso foi Letras) o curso inteiro, aliás eu sempre estive entre as melhores da sala, porém a faculdade, no intuito de lucrar, queria reter por mais um semestre boa parte dos alunos que não haviam entregado no semestre correto um documento de um dos estágios, o qual já estava na mão deles e não havia motivo para não aceitar, enfim, foram três meses bem estressantes, e até quatro dias antes da minha colação de grau eu não tinha certeza se iria ou não se iria me formar. Me formei, foi lindo, emocionante e, por medo de mais processos, a faculdade até o diploma já liberou.
Não cheguei a mencionar, mas em agosto, uns 3 dias depois da minha formatura, a minha gatinha Isis fugiu quando fui levar ela para tomar vacina contra raiva. Foi difícil fazer as pazes comigo mesma, porque eu me culpei demais por isso, afinal ela estava nos meus braços quando escapou. Acredito que foi a pior fase da minha vida. Esqueçam o bullying, esqueçam as vezes que tentei desistir da faculdade e da escola técnica. Se houvesse um pódio para os piores momentos da minha vida, este conquistaria o primeiro lugar até agora. Eu realmente entrei em depressão, me isolei das pessoas, inclusive da minha própria família. 
E é "engraçado" como o destino reserva as coisas para a gente, inclusive as piores. Dois dias depois, meu noivo caiu da escada, rompeu o ligamento do tornozelo, fez uma cirurgia e teve que ficar os últimos quatro meses de cama. Quatro dias depois dele ter feito a cirurgia, minha mãe também fez, mas a dela foi de varizes, e eu que fiquei de acompanhante dela. Acho que isso nos uniu pra caramba esse ano.
Acredito que eu realmente fui uma sobrevivente, pois, é claro que eu estava preocupada com ele, ia para a casa dele basicamente dia sim, dia não. Mas no meio disso tudo, eu também tive que lidar sozinha com a perda da minha gatinha, ausência do meu namorado, conflitos internos, depressão, e diversas vezes achei que minha mente não ia aguentar e talvez eu nem estivesse aqui para contar isso pra vocês. 
A conclusão disso é que vez ou outra consigo ver minha gata na rua de baixo, mas ainda não consegui pega-la, pois ela foge em qualquer tentativa de se aproximar dela. Sinto falta? Muita, chego a sonhar com ela. Mas me acostumei. Superar? Não, mas me acostumei com a ausência. Meu namorado e minha mãe estão melhores, claro, não 100%, mas bem melhores mesmo.
Digo que também tirei algumas coisas boas este ano. Além da minha formatura, como já mencionei, adotamos mais um gato uma semana depois que a Isis sumiu, porque minha mãe achou que eu manteria minha mente ocupada se tivéssemos mais um bichinho em casa. Dei o nome de Luke Skywalker pois, de alguma forma, ele me lembra muito o personagem de Star Wars.
Este  ano também parei de tomar anticoncepcional, o que foi uma das melhores decisões que tomei nos últimos meses, já que me fazia muito mal. Também passei a cuidar muito mais da minha pele, do meu cabelo, que aliás, cresceu muito este ano. Outra coisa muito boa foi que comecei a dar aulas particulares de inglês para um amigo, e estou amando isso!
Também foi o ano que mais consegui reunir meus amigos desde que acabamos a escola. Fizemos algumas mini festas aqui na minha casa, o que rendeu muitas fotos lindas, quase de família.
Por falar em família, este foi o ano que menos tive brigas com a minha, longe disso, ficamos bem mais unidos, o que é ótimo.
E por último e não menos importante, este ano li muito, assisti muito filmes e séries e ouvi muita música, e fui relativamente a muitos shows, o que fez total diferença na minha vida.
Foi um ano de muitas coisas negativas, mas também de coisas positivas, e é isto que quero levar para o ano que vem por ai. 
A principal meta é cuidar da minha saúde mental, que ficou bem abalada esse ano. Mas não vou listar toda a minha lista agora, porque esse post já ficou grande demais. Obrigada se você leu até aqui, e se de alguma forma você também passou ou está passando por algo difícil, lembre-se: tudo passa, seja forte.
Um feliz ano novo a todos, e que 2018 seja recheado de coisas maravilhosas para todos nós. ♥
Joice Novaes, 27 anos, formada em Letras, escritora. Casada com o seu melhor amigo (Colaborador do blog)! Romântica, amante de livros, musica, filmes, séries, fotografias e muito mais.

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